Sangue Quente
13 de Setembro, 2016
Título: Sangue Quente
Autor: Isaac Marion
Editora: Leya
Páginas:256
Ano: 2010
R é um jovem vivendo uma crise existencial – ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a “vida” de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro. Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.
O livro conta a historia de R (bem, ele não sabe se esse é seu nome, mas acredita que comece com R). Assim como todos os zumbis, R se arrasta, grunhe e mata humanos. Seus dias sempre foram iguais, até que um dia em uma de suas caçadas ele acaba matando Perry e provando o seu cérebro (quando ele come um pedaço do cérebro consegue ver fragmentos de lembranças da pessoa). É aí que conhece Julie. Quando acorda do transe, ele identifica Julie junto aos sobreviventes e, logo sente um desejo em protege-la.
Mas o que me deixa mesmo triste é esquecermos nossos nomes. Isso me parece ser a coisa mais trágica de tudo. Sinto falta do meu e lamento pelos outros, porque gostaria de amar todos, mas não sei quem são eles.
R acaba salvando e levando Julie para onde ele vive (junto a vários outros zumbis). E por incrível que pareça, R começa a falar! sim, ele fala!. No decorrer do livro ele continua a ter flashes das memorias de Perry e começa a mudar, começa a se sentir mais vivo e, quem sabe, até mesmo apaixonado. Juntos os dois começam a se descobrir e a aprender um com o outro. E com essa amizade ainda há uma esperança para o mundo.
Quero que nossas costelas de abram e nossos corações se encontrem e se fundam. Quero que nossas células se entrelacem como fibras vivas.
Olha que interessante, já assisti o filme duas vezes mais não sabia que tinha um livro do mesmo. Gostei da resenha!
Olha que interessante, já assisti o filme duas vezes mais não sabia que tinha um livro do mesmo. Gostei da resenha!