O Nome do Vento
2 de Junho, 2016
Título: O Nome do Vento
Autor: Patrick Rothfuss
Série: A Crônica do Matador do Rei
Editora: Arqueiro
Páginas: 656
Ano: 2009
Sequências: 2º O Temor do Sábio – 3º Ainda não divulgado
Mais do que a trama bem construída e os personagens cativantes, o que torna O nome do vento uma obra tão especial que levou Patrick Rothfuss ao topo da lista de mais vendidos do The New York Times é sua capacidade de encantar leitores de todas as idades. Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.



“Às vezes me pergunto se tudo isso não é uma espécie de erro, se eu não deveria estar morto. Mas, se não é um erro, tenho que estar aqui por alguma razão. Mas, se existe uma razão, não sei qual é.”
Logo depois do massacre de sua família e trupe, Kvothe viveu por meses na floresta. Depois seguiu para a cidade de Tarbean vivendo como um mendigo e praticando pequenos furtos para sobreviver (Esse inicio do livro é mesmo bem sofrido e angustiante, já que logo de cara nos identificamos com Kvothe).
Com algum tempo as coisas melhoram e ele consegue ir para a Universidade de Magia e, assim descobrir mais sobre os “Chandrianos” e conseguir vingar sua família. Na Universidade ele se depara com grandes dificuldades. Mesmo já sabendo algumas simpatias/magias/formas de manipular elementos, Kvothe não possui dinheiro para se manter e nem mesmo aos seus estudos. Com o passar do tempo ele ganha amigos e inimigos(inimigos bem chatos por sinal, tenho ódio daquele Ambrose). Denna é a primeira paixonite de Kvothe, uma personagem interessantíssima. Este é outro aspecto que torna o livro tão diferente, Denna não vem acompanhada de todas as qualidades triviais das personagens femininas; ela é independente e avessa a compromissos, sumindo de vez em quando por motivos misteriosos. Ele não se acomoda com o papel de vitima e usa cada situação sofrida para mostrar suas capacidades e construir sua fama, como exemplo, Kvothe o sem-sangue. Mas no fundo, Kvothe só quer uma coisa: ter acesso à biblioteca, pois ele crer que encontrará as respostas que tanto procura sobre o Chandriano.
(…) Aquilo me tranquilizou. Eu vinha me sentindo muito fora do meu elemento até Ambrose me mostrar, à sua maneira especial, que não havia muita diferença entre a Universidade e as ruas de Tarbean. Não importa onde se esteja, as pessoas são basicamente iguais.
Eu simplesmente amo esse livro e com certeza é o meu favorito. A trama é tão bem construída e não consigo nem mesmo encontrar um adjetivo capaz de expressar como é engenhoso toda essa historia (tanto que George R. R. Martins, autor das “Crônicas de Gelo e Fogo” o indica). A capa do livro é lindíssima e foi feita pelo ilustrador Marc Simonetti, o mesmo que criou as capas das “Crônicas de Gelo e Fogo” e “Dragões do Éter”. E sem falar das frases impactantes e quase filosóficas que nos deparamos no decorrer do livro. Acho que o único ponto fraco do livro é o tanto de paginas, já que algumas cenas não acrescentaram em nada e acaba deixando o livro um pouco tedioso, mas fora isso, é perfeito *-*. É um livro maravilhoso para os amantes de fantasia, para quem já estava com vontade de ler, por favor, leia!. Com certeza irá amar este livro.