O Diário de Anne Frank
2 de Agosto, 2016
Título: O Diário de Anne Frank
Autora: Anne Frank
Editora: Record
Páginas: 416
Ano: 2014
Anne Frank é uma jovem judia de 13 anos que vive escondida no sótão de um estabelecimento comercial juntamente com seus pais, Otto e Edith, e sua irmã Margot. Além deles, vive no mesmo local uma outra família de origem judia, composta por Hans Van Daan, Petronella Van Daan, Peter Van Daan e Albert Dussell, que é um idoso dentista.
A jovem documenta a sua vida num diário enquanto se esconde da Gestapo da Holanda. Este refúgio foi arranjado por Kraler e Miep, os proprietários de diversas lojas. Durante dois anos eles ficaram escondidos, vivendo sempre na apreensão de saberem que podiam ser traídos ou descobertos a qualquer momento e mandados para um campo de concentração. Apesar disto, eles sonham com dias melhores, ao mesmo tempo em que Peter e Anne se apaixonam.
As indicações sobre esta leitura eram quase obrigatórias, mas o gosto por literatura alemã nunca foi o meu preferido. Creio que por isso demorei muito para iniciar a mesma. E como me arrependo! Uma leitura tocante com uma linguagem super simples e, é difícil não se envolver. Em cada página desse diário podemos notar como essa menina era uma jovem alegre e cheia de vida. É fácil comprovar isso logo no inicio, onde ela conta sua rotina diária com a família e amigos.
Gostaria de dizer isto: acho estranho os adultos discutirem tão facilmente e com tanta frequência sobre coisas tão mesquinhas. Até agora eu achava que birra era uma coisa de criança e que a gente superava quando crescia.
Anne vivia em uma época hostil, onde o nazismo iria invadir a holanda a qualquer momento. O meu receio era encontrar nesse livro um relato de terror da guerra. E no entanto, o que encontrei foi o relato pessoal de uma menina comum, com uma fé inabalável e cheia de esperança de um futuro pós guerra. Quando oficialmente a holanda é invadida sua família procura uma forma de sair ilesa e, se esconde nos fundos de onde o pai trabalhava (chamado de ANEXO) e com eles foram também a família Van Daan e Albert (O idoso) A partir desse ponto podemos ver uma nova batalha, a da convivência. A maneira como Anne descreve tão detalhadamente o espaço em que vive e o relacionamento com todos os moradores do Anexo nos situa perfeitamente, parecendo que estamos vivenciando aqueles momentos ao seu lado. E é inevitável não se tornar amigo dela, somos a própria Kitty rsrrs’ (esse era o apelido do diário). Vamos aos poucos acompanhando o crescimento de uma menina que vai virando mulher. Torcendo para que cada alarme que soava, não fosse uma indicação de que ela e todos os outros fossem descobertos.