Eduardo Macário
22 de Julho, 2016
Antes de ler o livro que o guru lhe deu. Você tem que escrever o seu. — Raul Seixas
Eduardo Macário é escritor e poeta, nascido no Rio de Janeiro, mas Cearense de coração. Tem 42 anos e já passou por vários locais do Brasil, mas se mantem no Ceará desde 93. Ele é formado em Processamento de Dados e agora está na graduação de Direito. Com dois livros já editados, “Solidão” e “Tempestades da Alma” já possui o seu terceiro livro em processo de impressão.
P: Com quantos anos começou a escrever?
R: Comecei em 1990, escrevendo uma letra para uma canção para participar do Festival da Canção do Colégio Militar de Fortaleza, onde tirei o 5º lugar. Só tinham 5 concorrendo rsrs’. No ano seguinte, em Campinas houve um outro Festival da Canção onde escrevi novamente letra e musica. A partir daí não parei mais.
P: Quando iniciou o gosto por poesia?
R: O gosto da poesia, como forma de expressão, aconteceu naturalmente. Eu lia praticamente tudo, mas não conseguia me expressar com textos grandes. Aí entra a poesia. As influencias aconteceram naturalmente. Foi Ferreira Gullar, Carlos Drumond de Andrade, Augusto dos Anjos e por aí vai.
P: Existe algum método em particular ou ritual para lhe trazer inspiração?
R: Não existe nada específico para escrever. Pode vir de qualquer situação ou sentimento. Não existe um ritual, mas percebi que nos momentos mais tristes, melancólicos é que aparecem mais textos. Mas não é regra. Tem até um poeminha do Vinicius que retrata bem isso, se chama “A um passarinho”.
Obs: Você pode encontrar o poema clicando –Aqui–
P: Sabemos que o mercado para autores nacionais vem crescendo, porém em outros gêneros, como se sente em relação a isso?
R: Já é conhecido de todo mundo que poesia não vende! rsrs. Então, a gente acaba escrevendo mais pelo prazer de ter sua obra feita do que pela possibilidade de ganhar dinheiro. Particularmente, me faria muito feliz receber para produzir poesia rsrs’.
Mas sabemos que isso não acontece. Outros gêneros tem uma possibilidade de mercado melhor que a poesia, mas não consegui me ver fazendo outro gênero. Não que não seja possível, mas no momento não é uma realidade. Talvez livros infantis. Não sei! rsrs’.
P: Quais suas influencias literárias?
R: Leio praticamente tudo, até bula de remédio!!. Álvares de Azevedo, Machado de Assis, Paulo Coelho, Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes. A lista é grande!.
P: Fale um pouco sobre seu livro.
R: Sem querer, acabou surgindo uma trilogia. Iniciando com o livro SOLIDÃO, seguindo com o livro TEMPESTADES DA ALMA e finalizando com o livro LUCIDEZ e LOUCURA – As faces do amor e da solidão.
A temática dos livros é permanente e permeia os três livros. É o amor e suas fases. As dores do que sobra do amor, é a solidão, é a desilusão. É o renascer do amor. Brincando, eu digo que é a trilogia da dor de cotovelo!! rsrs’.
P: Quais são os projetos para o futuro?
R: Já iniciei um outro livro, sob o nome provisório de O ABISMO ENTRE NÓS. A ideia para o segundo semestre é iniciar um livro infantil e delinear a espinha dorsal de um romance.
P: Para terminamos gostaria de lhe pedir que deixasse um recado para nossos leitores.
R: Um recado que eu poderia deixar para quem quer escrever é: Aconteça o que acontecer, continue escrevendo! Aconteça o que acontecer, continue LENDO! E continuem ligados aqui no Bruaca!!
Obrigado pela oportunidade!.Um grande abraço a todos!
Algumas fotos:
Esplendido… Muito boa a matéria, ótimo escritor, ótima entrevista. Já li o Solidão e é bastante delicado e faz realmente a gente pensar no amor, na vida, faz a gente flutuar em nossos sentimentos.
Parabéns Anne, vc tem muito potencial e com certeza vc alcançara o seu objetivo. Bjs, já estou aguardando por mais.
Eduardo é um poeta sensível as dores da alma que são sentidas com mais intensidade pel@s poetas. Excelente oportunidade dada pelo Bruaca aos novos escritores. Parabéns!
Parabéns pelo belo trabalho.